segunda-feira, maio 15, 2006

Fragmentos de espontaneidades - Maio


1 - Fragmentos de espontaneidades - Maio


E se nas tuas mãos cerradas encontrassem as minhas mãos fechadas um Não à violência das outras mãos que deslocadas por certas olhares mataram aquelas que juntamente com o Verbo vivo juraram que o amor seria para todas as mãos do mundo uma salvação definitiva e absoluta e não é....


Um bem-amor de Maio de que já espreita o aéreo Junho, Mercúrio ligeiro com asas nos pés, volátil, rápido e malandro, livre de tudo e de si, porque o Mundo é um jogo e os nossos corações um campo de guerra, despejados de amor em Maio que nunca germinou o que mais sonhamos e desejamos.


Vida na Vida, o que queremos é viver a vida de todos nós, manifesta interiormente em indivíduos vivos, aqui e ali em qualquer lugar, independentes dos nossos olhares e atenções.


O teu corpo é agora uma negação da morte. Todo ele é vivo e forte. Beijo-te e cheiro o mundo.

domingo, maio 14, 2006



Sou Eu olhando para dentro de Nós

Afrodite e as Horas na Terra densa


A Virilidade extirpada do Pai Urano (céu) caiu no mar inquieto, em que o filho Crono (tempo) atirara e os salpicos de sangue que caíram na terra densa surgiram as Fúrias. Porém, durante muito tempo, a virilidade de Urano vagou de uma lado para o outro e uma espuma branca – apharos – juntou-se-lhe envolta, formada da pele imortal. E um Ser único cresceu, surgiu dentro dela e ergue-se, a vegetação nova começou a crescer-lhe debaixo dos pés e eis o nascimento de Afrodite a que nasceu da espuma do mar. Eros o amor e Hímero o seu duplo, puseram-se acompanhá-la logo que nasceu. As Horas, a três filhas de Témis que significa o Sábio conselho e de Zeus o Legislador, receberam a Deusa e adornaram-na de coisas do tempo e tesouros raros e eternos. As verazes Horas, as três primeiras que viram o milagre, a mais velha Eunómia ou ordem legal dos mundos, a segunda, Dice ou a justa retribuição e a última, Irene a paz, escoltaram Todos a grande Divindade e apresentaram à vida de quem vive aqui na terra densa, o início da grande epopeia da Humanidade para o nada que é a morte de nós, diante da divindade que sempre vive....